
Em comunicado, dom Murilo diz que aguarda a manifestação de sensibilidade do prefeito para sancionar o projeto. Ele explica que, embora a proposta não tenha sido pleiteada pela Arquidiocese, ela foi comemorada. "Nos causou surpresa, reflexão e alegria, por cumpre-nos o dever de defender costumes e tradições praticados pelo nosso povo. Esse também foi o entendimento da maioria dos senhores vereadores que aprovou o mencionado projeto de lei".
No comunicado, Dom Murilo diz que, sendo o Brasil um Estado laico, pressupõe-se, por um lado, a não intervenção da Igreja no Estado e, por outro, o dever do Estado de garantir o efetivo respeito às crenças e costumes religiosos praticados por cada um. "Torna-se imperioso compreender que as leis que regulam os festejos populares, como são os do Carnaval, não podem estar alheios a esse contexto; sua ocorrência deve adequar-se, pois, às tradições e celebrações religiosas - o que não vêm acontecendo nos últimos anos", lamentou.Ele defende que o Projeto de Lei nº 45/2016 deseja renovar a consciência de todos sobre o valor das tradições religiosas, e pretende evitar que o período da Quaresma seja desrespeitado, em flagrante prejuízo, especialmente da comunidade cristã católica. "Acreditamos que os demais segmentos religiosos também desejam que suas tradições sejam mantidas e preservadas", diz.
"Nossa Arquidiocese vê no projeto de Lei agora aprovado, a oportunidade que a sociedade de Salvador, representada pela Câmara Municipal e por diversos outros organismos e entidades tem de restaurar na cidade o ambiente propício para a vivência das tradições do povo cristão católico, evitando qualquer forma de agressão ou desrespeito, seja durante a realização do Carnaval, seja em qualquer outra manifestação cultural".Fonte/Correio24horas.
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