“O serviço funciona todo o ano, 24 horas, independentemente de datas comemorativas. Na emergência, a vítima recebe atendimento médico com ginecologista de plantão. São realizados as profilaxias das Doenças Sexualmente Transmissíveis [DST], os procedimentos de contracepção de emergência para evitar gravidez indesejada, teste de HIV e também os exames sorológicos, para identificar se a vítima já tem alguma DST. Depois, a paciente continua aqui para as consultas de seguimento, que podem durar até 6 meses”, explica a coordenadora do Serviço AME, a ginecologista Jamile Martins.
Aos 20 anos, uma jovem autônoma recebe atendimento psicossocial desde outubro de 2017 no Serviço AME. Ela tenta superar o trauma de uma agressão sexual, sofrida durante uma festa de Natal entre amigos, quando tinha 13 anos. Após beber o que pensava ser refrigerante com energético, a então adolescente passou mal. Aceitou a ajuda de um amigo, mas acabou violentada por ele. Após o episódio, ela não teve nenhuma ajuda, que surgiu somente depois que uma amiga que passou pelo AME indicou o serviço.
“Antigamente, eu não conseguia falar sobre isso, não conseguia me abrir com as pessoas, me entender nem explicar o que eu esteva sentindo, para saber continuar com a minha vida. As pessoas daqui me ajudam a me conhecer e a me aceitar. É uma diferença enorme”, conta a jovem.
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