Artista lutava com câncer desde 2014; confira galeria
Artista era conhecido pelas pinturas de rostos e por ser curador de projetos culturais em Salvador (Reprodução/Facebook) |
Formado pela Escola de Belas Artes da UFBA, João ganhou destaque no universo das artes visuais com a sua primeira exposição em 1988, Encontros com Da Vinci, título que já alertava para a influência que a obra do pintor italiano exerce sobre Joãozito, que afirmava encanto pelas entrelinhas visualizadas nas artes de Leonardo.
Tipos marginalizados e figuras insólitas fazem parte do amplo universo do artista. Para Joãozito, a produção era sempre feita a partir da ideia de alguma quebra de estereótipos. Com cabeças e rostos humanos sendo representados na maior parte das suas obras, o artista mostrava, por exemplo, em uma das suas artes, um ladrão com expressão 'de quem foi roubado', fazendo críticas sociais sobre o ciclo de perdas e preconceitos.
Se a sensação gera reflexão, e por isso era o mote principal de Joãozito, a não acomodação era outro ponto fundamental. Junto com a esposa Lanussi, ele costumava fazer experimentações artísticas que envolviam, por exemplo, o audiovisual. O desejo de trazer maior realismo para obras diversas, ficava visível nas exposições que criava, com técnicas interativas e que utilizavam de formatos como o 3D. Em fevereiro deste ano, Joãozito esteve na feira Pedra Papel e Tesouro, que ocorre esporadicamente em Salvador. Este foi um dos últimos momentos artísticos e públicos que postou no Facebook.
Além das obras que criava constantemente, o artista era curador e empreendedor. Junto com a esposa Lanussi, Joãozito era criador e proprietário da empresa Blade Cenografia & Design, há 20 anos. Lanussi, no entanto, faz parte do projeto há 10 anos. A empresa é responsável por curadorias de projetos e eventos culturais, como foi o caso, em 2016, da exposição de arte e realidade virtual nos espaços Carybé de Artes, no Forte de São Diogo. Fonte/correio24horas
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