Entretanto, o atual presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, pode nem chegar até o final do seu mandato, que expira no final do ano, quem dirá ser reconduzido por mais um ano à frente de órgão fiscalizador das contas do governo federal.
Nesta quarta, entidades que representam auditores e procuradores do TCU divulgaram nota pública com pedido de abertura de uma investigação interna para apurar o possível envolvimento de Aroldo Cedraz. Os auditores e procuradores do TCU afirmaram no documento que a "sociedade assiste com per plexidade aos desdobramentos da Operação Lava-Jato".
“Nós, auditores do TCU, no exercício de nossas funções, combatemos veementemente a corrupção e impedimos incessantemente a malversação do patrimônio público. Somos uma categoria que faz a diferença no Brasil, porque exigimos e conclamamos diariamente a eficiência e a transparência na gestão da coisa pública e, por conta disso, não podemos agir de forma diferente na prestação de contas de nossas atividades”, cobrou a Associação da Auditoria de Controle Externo (AUD-TCU).
Já a Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC) pede a instauração de procedimento preliminar no âmbito do TCU sob a responsabilidade de uma instância colegiada específica, integrada pelos membros do Tribunal para apuração na esfera administrativa, "com a isenção que a matéria requer”. Para a ANTC a Operação Lava Jato expõe graves indícios de irregularidade que afrontam a ética pública e o bem comum, provocando uma reação de indignação na sociedade brasileira. “As notícias sobre suposto envolvimento de agentes da Corte de Contas em casos sob investigação conduzida pelo STF apresentam elevado potencial de colocar em xeque a credibilidade da instituição centenária, cuja missão institucional é o exercício do controle externo de toda Administração Pública federal, com importante papel de prevenir a corrupção e garantir a eficiência do gasto público”, condenou a entidade.
Aroldo Cedraz chegou ao TCU em 2006 após ser indicado pelo então PFL para disputar a vaga da cota da Câmara dos Deputados. O ex-parlamentar foi conduzido à presidência pelo critério de ministro mais antigo que ainda não tenha exercido a função. O cargo de ministro do TCU é vitalício e salário mensal de R$ 23,2 mil.Fonte/Bahia noticia.
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